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Foto do escritorMiguel Barbieri

A Autonomia: polêmico retrato de judeus ortodoxos em Israel


O elenco de A Autonomia: minissérie de Israel


Conheço Israel e fiquei impressionado com a diversidade do país. Me interesso também pela cultura judaica e, talvez por tudo isso, A Autonomia, minissérie em cinco episódios na HBO Max, tenha me encantado.


Vale dizer: é uma ficção! Israel foi dividida após uma guerra civil. Tel Aviv virou a capital de um Estado laico e Jerusalém é a capital dos judeus ortodoxos e onde está a Autonomia, um local protegido por muros e vigiado por seguranças.


Um dos protagonistas é Broide (Assi Cohen), um agente funerário que vai transportar um corpo para o lado ortodoxo e flerta com a viúva do falecido. Na sequência seguinte, Broide se mostra um malandro ao carregar a van com DVDs pornôs e carne de porco, proibidos na Autonomia.


Contudo, o que move a trama é a disputa por uma criança. Goni, uma garota de 9 anos, foi criada por um casal de Tel Aviv, mas, na verdade, ela é filha de ortodoxos e neta do rabino que controla a Autonomia. Sem spoilers, vou parar por aqui.


Os três primeiros capítulos são ágeis, reveladores e hipnotizantes. Mostram os conflitos e os dissabores que a descoberta provocou na relação dos pais que criaram Goni e nos pais biológicos. Há também uma crítica ao modo de vida dos ortodoxos, sobretudo na figura no rabino, um senhor radical e vingativo, e de Broide, que, além de traficante, é infiel à esposa, com quem teve quatro filhos.


Os dois últimos episódios não têm a pulsão nem a tensão do início, mas não comprometem o resultado final: o de mostrar uma Israel distópica em que os próprios judeus se enfrentam numa batalha sem trégua.



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