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Foto do escritorMiguel Barbieri

Clickbait: como pode ser irresistível e estapafúrdia?


O investigador e a irmã: corrida contra o tempo para localizar a vítima (foto: divulgação)


Te desafio a começar a ver Clickbait, na Netflix, e parar. Não dá! É uma série irresistível, com reviravoltas e surpresas - e um desfecho que nem o mais astuto detetive seria capaz de adivinhar. Mas mesmo com todas essas qualidades, Clickbait não é boa. Vou explicar.


A trama, desenvolvida em oito episódios, começa faiscante. Fisioterapeuta de uma universidade em Oakland, Nick Brewer (Adrian Grenier) foi sequestrado e aparece num vídeo segurando placas de cartolina: "Eu sou um abusador de mulheres" e "Chegando aos 5 milhões de visualizações, eu morro". O filminho viraliza e marca uma corrida contra o tempo de sua família para localizá-lo. A primeira a saber do ocorrido é sua irmã (Zoe Kazan), que avisa a esposa dele (Betty Gabriel) - e ambas vão à delegacia, onde são atendidas pelo investigador Roshan (Phoenix Raei).


É bom parar por aqui porque, ao fim do segundo capítulo, há um fato surpreendente. O roteiro é estruturado em, a cada episódio, jogar luz em algum dos protagonistas: a irmã, o detetive, a esposa, o repórter que investiga o caso e por aí vai...


Há algo de positivo e negativo nessa narrativa. Ela te leva a seguir por um destino aparentemente lógico, mas deixa pontas soltas no caminho. Vários personagens secundários ganham alguma importância... e desaparecem tempos depois.


O "perigo" das redes sociais, que foi melhor tratado em filmes ficcionais e documentários, também é algo já praticamente banalizado. E, convenhamos, o desfecho de Clickbait é tão estapafúrdio que não convence. Mas é o que eu disse no início do texto: tente parar de assistir para ver se consegue.



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