O casal do filme: separados por uma doença
Se o Japão produz filmes artísticos, como Drive My Car, vencedor do Oscar, o país asiático também tem grandes abacaxis em sua cinematografia. É o caso de Como Pétalas que Caem, da Netflix.
Até o título do filme, inspirado no livro de Keisuke Uyama, é cafona. E a trama demooora a engrenar. Só tive paciência porque li um comentário que "melhorava" depois dos trinta minutos. Que nada!
Misaki (Honoka Matsumoto) é uma cabeleireira extrovertida que, em sua primeira experiência profissional, conhece o tímido Harutoo (Kento Nakajima). Eles se apaixonam, mas o romance não rola. O que ocorre, então, após meia hora? Ela descobre ter uma doença incurável, que provoca envelhecimento rapidíssimo. Ou seja: em seis meses, será um idosa.
A doença até existe mas, do jeito que é colocada na trama, parece coisa de ficção científica. E antes fosse. Como drama romântico, o filme é muito apelativo e também preconceituoso - qual o problema de uma jovem de 25 anos sair às ruas com aparência mais velha? A protagonista se comporta como se fosse um monstro e, para não colocar outra atriz no lugar da protagonista, Honoka Matsumoto é (mal) maquiada e vive coberta por cachecóis e óculos escuros, tipo o Homem Invisível. O que é para ser trágico, vira involuntariamente cômico.
Com mais de duas horas intermináveis, Como Pétalas que Caem tem, é claro, um desfecho de arrancar lágrimas forçadas de Kento Nakajima, ídolo e cantor no Japão. Só não vai levar abacaxi na avaliação porque eu adorei ver as cerejeiras em flor (rs).
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