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Foto do escritorMiguel Barbieri

Como Se Tornar um Tirano: básica e necessária


Idi Amin, Hitler e Saddam Hussein: três dos ditadores da série documental


Como Se Tornar um Tirano, série documental da Netflix, traz uma linguagem pop para tratar de ditadores ferozes. São seis episódios curtos (cerca de meia hora cada), que abordam Adolf Hitler (Alemanha), Saddam Hussein (Iraque), Idi Amin (Uganda), Stalin (União Soviética), Muammar Kadafi (Líbia) e a dinastia Kim (Coreia do Norte).


Há curiosidades, como a moda gerada pelo bigode (ridículo) de Hitler, o assassinato dos genros de Hussein ordenado pelo tirano, a expulsão dos indianos de Uganda executada por Idi Amim...


O foco da série está em exemplificar algo em comum entre os ditadores: eram homens fracassados e/ou ególatras com uma sede insaciável de poder, que passavam como um trator por cima daqueles que fossem contrários ao seus regimes totalitários.


Com a ascensão da extrema-direita no mundo e a ameaças à democracia, Como Se Tornar um Tirano acaba virando um necessário manual básico de como nascem os fascistas. Suas informações são breves, porém relevantes.


Talvez você estranhe o formato. Com narração do ator Peter Dinklage, os capítulos resumem um calhamaço de fatos numa compilação de imagens reais, cenas de filmes e trechos produzidos em animação. A velocidade da edição por vezes atrapalha a compreensão e há um tom irônico para

registrar situações extremamente trágicas.


Eu gostei, embora seja uma atração mais destinada ao público jovem. E espero mais uma temporada porque tiranos não faltam: Francisco Franco (Espanha), Pinochet (Chile), Stroessner (Paraguai), Mao Tse-tung (China), Salazar (Portugal), Mussolini (Itália), Fidel Castro (Cuba)... alguém mais?



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