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Foto do escritorMiguel Barbieri

Emily em Paris 2: pandemia não tirou o maior charme


Lily Collins em uma das pontes de Paris: as locações externas e internas dão o charme (foto: Netflix)


A primeira temporada de Emily em Paris foi um (merecido) sucesso. Nunca tinha visto a capital francesa tão bem explorada em locações externas numa produção americana. E a história me pegou: Emily vinha de Chicago para passar uma temporada num agência de marketing em Paris. Cheia de vida, com modelitos descolados, as melhores soluções para os negócios e as paixões inesperadas, a it girl conquistou o coração do chef Gabriel, namorado de uma amiga. A segunda temporada começa, exatamente, onde parou a primeira: Emily vai se render aos encantos de Gabriel e trair a amiga ou vai se afastar de vez do bonitão? Eis a questão que percorre os dez episódios da série.


Li comentários de leitores achando que a série está "enrolando". Concordo, em parte. Emily (Lily Collins) decide se afastar de Gabriel, que também não quer mais saber de Camille (Camille Razat). A americana prefere focar em sua vida profissional. Vai fazer vários eventos e criar campanhas e, assim, deixar o romance em banho-maria. Será que posso dizer que pode pintar um novo amor para Emily?


Emily em Paris, realmente, é cheia de idas e vindas e anda em círculos no quesito romântico. Mas eu acho que é esse o objetivo da série: prolongar o happy end e abordar outros pontos importantes. Mindy (Ashley Park), a amiga chinesa de Emily, ganha mais destaque, e Sylvie (Philippine Leroy-Beaulieu), a chefe intransigente, terá um novo amor - um fotógrafo mais jovem do que ela.


Eu adoro como a protagonista resolve os problemas da profissão e enfrenta a barreira da língua - me matei de rir com a carta que ela escreve, em francês, para Camille. Há, sim, um confronto entre a "expertise" dos americanos e a formalidade clássica dos europeus, algo que é muito bem resolvido na último episódio.


Achei que por ter sido filmada durante a pandemia (entre maio e julho de 2021), a série iria perder o charme das locações. Me enganei - e a produção manteve a proposta de antes: mostrar a Paris longe dos cartões -postais. Algumas cenas foram feitas com fundo verde e, depois, aplicada uma imagem de fundo - eu notei! Mas há várias sequências nas ruas, em praças, cafés e restaurantes, como o lendário La Coupole. Aparece até icônico cinema Le Champo, no Quartier Latin! E eu amei ver Mindy e dois músicos se apresentando na Place Saint-Michel, um lugar de Paris que me traz boas recordações.





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