Harry e Meghan: a felicidade a dois na Califórnia (foto: divulgação Netflix)
Se você não gosta do Príncipe Harry e de sua esposa, Meghan Markle, não me atire pedras e veja a minissérie documental Harry & Meghan, na Netflix. Se você gosta do casal, acredito que vá virar fã. Eu não tinha opinião formada sobre eles e só sabia algumas coisas que li na internet, principalmente na época do casamento. Fui assistir sem pré-conceitos e, por mais que a minissérie seja toda arranjada e arrumadinha, fiquei convencido de dois males: o sistema da monarquia e a imprensa sensacionalista britânicos.
Embora deixem passar comentários mais ácidos sobre a realeza (e não é difícil imaginar o motivo), Harry e Meghan esclarecem quase tintim por tintim o que se passou entre 2016, quando trocaram mensagens pelo Instagram pela primeira vez, até março de 2020, momento em que decidiram deixar a Inglaterra e morar nos Estados Unidos, abandonando, assim, os serviços oficiais.
Achei que seis episódios seriam excessivos, mas me enganei. Há tantos fatos revelados e a montagem é tão boa que nem senti o tempo passar. E não há só as entrevistas com Harry e Meghan. A diretora Liz Garbus, a mesma do documentário What Happened, Miss Simone?, colhe depoimento de repórteres, amigos, parentes e ex-funcionários da realeza.
Vale ressaltar: Harry & Meghan é a visão e a versão de... Harry e Meghan. Até houve a tentativa de conversar com a família, mas a produção, é claro, não obteve sucesso. Li que Meghan foi chamada de sociopata narcisista por pessoas que trabalharam com ela após o matrimônio com Harry. Ele me pareceu um cara do bem (posso estar enganado) e, pelos momentos carinhosos que tem em cena com a mulher, acreditei na felicidade a dois. Será que vou mudar de ideia?
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