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Foto do escritorMiguel Barbieri

Leave No Trace: os desajustes de viver longe da sociedade


Thomasin McKenzie e Ben Foster: filha e pai vivendo na floresta (foto: divulgação)


Um dos dez melhores filmes de 2018 pelos críticos de Nova York, Sem Rastros chegou à Netflix com seu título original. Leave No Trace traz uma história bastante instigante, extraído do livro My Abandonment, de Peter Rock.


Na trama, Will (Ben Foster) é um veterano da Guerra do Iraque que, com estresse pós-traumático, se isolou da sociedade e mora ilegalmente numa barraca num parque florestal em Portland, no Oregon. Ele carregou junto sua filha, a adolescente Tom (Thomasin McKenzie), que, embora tenha uma sintonia com pai, não entende o motivo de viverem afastados da civilização. Até o dia em que são descobertos pelo governo e, considerados “sem-teto”, são levados para um abrigo. Ele consegue um emprego e ela passa a estudar.


Há algumas semelhanças com o estilo de vida que levava o personagem de Viggo Mortensen em Capitão Fantástico. Só que, aqui, a questão é mais, digamos, íntima e pessoal.


Por mais que Will tente se adaptar ao novo cotidiano, seu trauma é tão grande que ele passa por cima até mesmo da educação da própria filha. Sua superproteção é algo a ser investigado, o que rende um amplo debate sobre o tema. Como complemento do bom drama psicológico, as atuações de Ben Foster e Thomasin McKenzie arrebatam.




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