Mário e Leon: mais que amigos, namorados
Desde as primeiras cenas, dá para perceber que Mário e Leon, disponível no Globoplay, não tem a melhor fotografia, os diálogos são fraquinhos e previsibilidade vai rondar a história. Mas talvez seus defeitos sejam menores do que o filme suíço quer trazer a tona: a homossexualidade no futebol.
Não me lembro de outro filme com esse tema tabu e polêmico. É de uma tremenda coragem do diretor e roteirista Marcel Gisler mostrar, sem firulas, o que ocorre nos bastidores do esporte que é a paixão nacional no Brasil.
Numa pequena cidade, próxima a Berna, jogadores juvenis treinam para, quem sabe, ingressar num time profissional. Mario (Max Hubacher) está entre os melhores, mas é ameaçado com a chegada de Leon (Aaron Altaras), que sai da Alemanha para treinar na Suíça. Por "coincidência do destino", eles passam a dividir um apartamento e, papo vai, papo vem, descobrem afinidades e outras coisas mais.
Embora tenha início de uma forma convencional, a trama vai ganhando pontos conforme o romance gay vai ficando mais evidente, explicitando, assim, o preconceito, as perdas e os danos. O desfecho, fora da caixinha, é outro acerto.
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