A Arte de Amar: a vida de uma sexóloga
Faz tempo que eu venho dizendo que o cinema polonês anda surpreendendo e revelando novos talentos. E encontrei, na Netflix, seis filmes que eu vi e são interessantes. Será que você já viu todos?
Rede de Ódio > Maciej Musialowski está espetacular como Tomasz Giemza, um jovem estudante que, acusado de plágio, é expulso da faculdade de direito. Após ser humilhado por uma rica família que pagou seus estudos, ele dá a volta por cima ao começar a trabalhar numa agência de redes sociais que cria fake news. Fique ligado: há uma violência desenfreada, que combina com a personalidade doentia do protagonista.
A Arte de Amar > Em 1970, a médica Michalina Wislocka tenta publicar um livro na Polônia comunista, que aborda o amor, o sexo e o orgasmo feminino de forma natural. Para explicar a origem dessa personagem, o filme volta no tempo e, a partir da II Guerra, a flagra envolvida num triângulo amoroso. É uma história verídica, muito envolvente e contada com paixão.
Morte às Seis da Tarde > A policial Helena corre contra o tempo para descobrir quem é o assassino por trás dos crimes que ocorrem, diariamente e no mesmo horário, na pacata cidade de Breslávia. Embora seja tudo muito explícito (das autópsias aos assassinatos horripilantes), o thriller pega o espectador em cheio com suas ótimas reviravoltas. Atenção: o desfecho pode deixar perguntar no ar.
Entre Frestas > Mais um bom policial polonês, desta vez inspirado em casos reais. A Operação Jacinto perseguiu e fichou mais de dez mil homossexuais na década de 80, só por causa da orientação sexual deles. A trama se passa em 1985 e enfoca a caçada a um serial killer em Varsóvia. Após ficar descontente com a resolução do caso, um policial hétero decide adentrar a comunidade gay para ver se descola alguma pista mais concreta.
Polônia à Flor da Pele > É um longa-metragem composto de seis curtas-metragens, que têm em torno de 10 a 15 minutos. Pode-se dizer que a espinha dorsal das histórias é o comportamento explosivo dos personagens diante de situações estressantes. O curioso das tramas é que elas começam de forma dramática para, aos poucos, ganharem um humor singular, que vai da violência extrema às vinganças sórdidas. Eu me diverti.
Interrompemos a Programação > O início é bastante promissor, mas acho que o filme roda em círculos. Mesmo assim, é mais uma prova da pluralidade do cinema polonês. O filme transcorre no tempo real, num único lugar e se passa na noite da virada de 1999 para 2000. Numa emissora de TV de Varsóvia, Sebastian exige fazer uma declaração ao vivo e, para isso, faz um segurança e uma apresentadora reféns.
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