Lady Chatterley e Oliver: ardentes cenas de sexo
O Amante de Lady Chatterley, da Netflix, não é a primeira versão do ousado livro de D.H. Lawrence (1885-1930). Anteriormente, a mais famosa era a de 1981, estrelada por Sylvia Kristel. Os tempos são outros e, desta vez, a versão ganhou o olhar feminino da diretora francesa Laure de Clermont-Tonnerre, o que só faz bem à trama.
Para você ter um ideia do tamanho da audácia de D.H. Lawrence, seu romance ficou proibido no Reino Unido por mais de trinta anos. E, até hoje, pode ser considerado atrevido. O motivo? A trama mostra um ardente triângulo amoroso durante Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Connie (Emma Corrin) casou com o aristocrata Clifford Chatterley e foi morar na propriedade dele, no interior da Inglaterra. Detalhe: ele voltou do front paraplégico e impotente. Mas quer manter seu casamento e faz uma proposta para a esposa: ela pode ter um filho com outro homem. Uau! Connie é uma mulher moderna e fogosa e empenha-se em conquistar Oliver (Jack O'Connell), o caseiro bonitão do lugar. Vai dar match!
Os filmes da década de 70 eram bastante liberais, mas o cinema foi ficando careta de lá para cá. É ótimo, portanto, ver uma diretora realizar cenas de sexo sem pudor e até com nu frontal. Os dois protagonistas se entregam bastante aos papéis, só achei que falta um pouco de química entre eles, talvez porque eu ainda tenha na mente Emma Corrin como a Lady Di da série The Crown.
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