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Foto do escritorMiguel Barbieri

O Conde: alegoria sobre um Pinochet vampiro

Um dos destaques do filme é a bela fotografia


Neruda, sobre o poeta chileno, Jackie, sobre Jaqueline Kennedy e Spencer, sobre a Princesa Diana. Parece que o diretor chileno Pablo Larraín está se especializando em cinebiografias. E não é diferente em seu novo filme, O Conde, que foi exibido em setembro no Festival de Veneza, onde ganhou o prêmio de melhor roteiro, e está disponível na Netflix.


De todos os seus trabalhos, este é, o mais autoral e complexo. Com uma belíssima fotografia em preto e branco, o cineasta e também roteirista faz uma crítica ao ditador Augusto Pinochet, porém de uma forma alegórica e fantasiosa.


Na trama, Pinochet não morreu. É um vampiro que, à noite, sobrevoa Santiago à procura de suas vítimas. Ao sentir-se cansado e decidido a morrer, ele recebe a visita de seus cinco filhos.  Há longos diálogos e situações bizarras em meio ao humor sarcástico. Vale ver, embora, na minha opinião, não seja para todos os paladares.  



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