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Foto do escritorMiguel Barbieri

O Farol: a rivalidade dos homens em direção ao caos


Dafoe e Pattinson: isolados num farol em 1890


Robert Eggers é um dos diretores mais badalados do cinema independente americano. Depois do enigmático terror A Bruxa, ele voltou aos holofotes com O Farol, disponível na Netflix. Já aviso: não é um filme fácil nem digestivo. Mas é muito impressionante, sobretudo esteticamente.


Eggers é ainda mais minimalista do que em seu trabalho anterior. O Farol tem apenas dois atores em cena e um único cenário. A ação é ambientada em 1890 e mostra a tensa relação entre Thomas Wake (Willem Dafoe), um marinheiro que vai passar uma temporada num farol de uma ilha na Nova Inglaterra, e seu assistente (Robert Pattinson).


O chefe quer impor tarefas ingratas, exaustivas e sujas enquanto o pupilo quer aprender mais sobre a profissão de faroleiro. Nasce daí um convívio regado a bebedeiras, diálogos densos e atuações notáveis. A fotografia em preto e branco, indicada ao Oscar, é um espetáculo à parte.



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