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Foto do escritorMiguel Barbieri

Os Filhos de Sam vai a fundo em registro sobre serial killer


Foto: Divulgação


Eu quis MUITO assistir à série documental Os Filhos de Sam, na Netflix, porque me lembrava vagamente da história por causa de um filme de Spike Lee. Em 1999, o diretor lançou O Verão de Sam, que abordava o medo dos nova-iorquinos diante dos assassinatos praticados por um serial killer.


E não me decepcionei com Os Filhos de Sam. Em apenas quatro episódios, a série dá conta de mostrar dois fatos importantes: a investigação da polícia e a obsessão de um jornalista em torno do criminoso.


Entre 1976 e 1977, Nova York ficou aterrorizada pelos crimes cometidos por um matador. As vítimas eram atacadas, sobretudo, dentro de seus carros. A polícia enrolava, enrolava e... e não conseguia encontrar o assassino. A imprensa e a opinião pública foram decisivas para pressionar os investigadores - até que o culpado foi encontrado. Ele seria David Berkowitz, um carteiro de 24 anos, que confessou os crimes.


Mas a série não para por aqui - ela começa até a melhorar. Maury Terry, repórter sem grande notoriedade, ficou intrigado com os crimes que Berkowitz dizia ter cometido. Ao todo, ele teria matado seis pessoas. Sete ficaram feriadas. Só que, de tanto vasculhar, Terry descobriu que Berkowitz não agia sozinho. Vou parar por aqui.


Os Filhos de Sam é recheado de imagens de arquivo, já que foi um caso muito famoso nos Estados Unidos e teve cobertura de várias emissoras de TV. A trajetória de Berkowitz ficou, até certo ponto, conhecida. O que mais surpreende, contudo, em Os Filhos de Sam é a obstinação de Maury Terry, o repórter investigativo que deixou de viver a própria vida por uma causa nobre.


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