Joaquin Phoenix e Woody Norman: relação de altos e baixos entre tio e sobrinho (foto: divulgação)
Depois de seu espetacular Coringa, Joaquin Phoenix deu uma pausa de dois anos, ganhou quilos e estrela Sempre em Frente (C'Mon C'mon, no original), disponível no Amazon Prime Video.
Eu gosto dessas mudanças radicais na carreira dos artistas. Phoenix saiu da zona de conforto de um blockbuster para protagonizar um filme "pequeno", rodado em preto e branco em projeto que une o documental com a ficção.
Ele interpreta Johnny, um jornalista de rádio que está rodando os Estados Unidos para entrevistar crianças. Entre as perguntas estão as perspectivas para o futuro e como seria o mundo ideal. Os depoimentos são espontâneos, com conteúdo relevante e naturalidade.
A parte ficcional, porém, toma a maior parte dos 110 minutos. Ao chegar em Los Angeles, Johnny atende um pedido de sua irmã. Viv (Gaby Hoffmann) precisa resolver um problema com seu ex-marido e quer que o irmão tome conta do sobrinho por alguns dias. Só que o pequeno Jesse (Woody Norman), de 9 anos, não é um menino fácil de lidar.
Sempre em Frente teve locações em Los Angeles, Nova York e Nova Orleans e mostra a difícil convivência entre um adulto e uma criança, algo já muito explorado no cinema. Concorrendo ao Bafta (o Oscar inglês) de melhor ator coadjuvante, o garoto tem uma atuação convincente, com a impaciência, as curiosidades e as implicâncias, típicas da idade.
O relacionamento com o tio passa mais por baixos do que altos e há uma certa frieza em seu desenrolar. Sinceramente? Sempre em Frente seria melhor se fosse um documentário, já que seu brilho está nas declarações infantis.
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